ATA DA
TRIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 16.05.1997.
Aos dezesseis dias do mês de maio do ano de mil novecentos e noventa e
sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às nove horas foi realizada a chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Cyro Martini, Gerson Almeida, Guilherme
Barbosa, João Carlos Nedel, João Dib, Maria do Rosário, Paulo Brum, Sônia
Santos e Tereza Franco. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores
Anamaria Negroni, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães,
Fernando Záchia, Isaac Ainhorn, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz
Braz, Nereu D'Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Renato
Guimarães. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias
da Ata da Trigésima Sexta Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram
encaminhados: pelo Vereador Carlos Garcia, 04 Pedidos de Providências e 01
Emenda ao Projeto de Lei do Legislativo nº 80/97 (Processo nº 1388/97); pelo
Vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 12/97
(Processo nº 1551/97); pelo Vereador Guilherme Barbosa, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 100/97 (Processo nº 1609/97); pelo Vereador Isaac Ainhorn, 01
Pedido de Providências; pelo Vereador João Dib, o Pedido de Informações nº
83/97 (Processo nº 1570/97); pelo Vereador João Motta, o Projeto de Resolução
nº 14/97 (Processo nº 1462/97); pelo Vereador Juarez Pinheiro, o Projeto de Lei
do Legislativo nº 94/97 (Processo nº 1524/97); pelo Vereador Luiz Braz, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 99/97 (Processo nº 1574/97); pelo Vereador
Reginaldo Pujol, 10 Pedidos de Providências. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios
nºs 221/97, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 04/97, do Vereador
Luiz Cláudio Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Gravataí/RS; 81/97, do
Engenheiro Milton Oliveira, Presidente do Grêmio Náutico Gaúcho; 230/97, do
Irmão Jardelino Menegat, Provincial do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs
- Província Lassalista de Porto Alegre; 272/97, do Senhor Cláudio Bonatto,
Procurador de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio das Promotorias da
Defesa Comunitária; 428/97, do Senhor Martim Saraiva Barbosa, Chefe de Gabinete
do Vice-Governador do Estado/RS; s/nº, da Senhora Wrana Maria Panizzi, Reitora
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS; s/nº, do Senhor Ricardo
Russowsky, Presidente do Banrisul, e do Senhor Anton Karl Biedermann,
Presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE/RS; Convites: do General de
Exército Ney da Silva Oliveira, Comandante Militar do Sul, para a cerimônia
cívico-militar em para Tratamento de Saúde, no dia de hoje,
tendo o Senhor Presidente declarado empossada na
Vereança a Suplente Helena Bonumá, após a entrega de seu Diploma e Declaração
de Bens, bem como da prestação do compromisso legal e indicação do nome
parlamentar, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição
e Justiça. Após, o Senhor Presidente informou que a Vereadora Maria do Rosário
teria de se retirar da presente Sessão, para participar, como Presidente da
Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos e em representação externa
desta Casa, de audiência pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito,
destinada a apurar denúncias sobre o trabalho de crianças e adolescentes no
Brasil, a ser realizada na Assembléia Legislativa do Estado. A seguir, a
Vereadora Helena Bonumá, nos termos do § 7º do artigo 12 do Regimento, declarou
sua satisfação por retornar à Casa, discorrendo sobre o trabalho que vem
realizando junto ao Executivo Municipal, como integrante da Coordenação de
Direitos Humanos e Cidadania, na discussão de políticas objetivando à tomada de
ações concretas em prol dos setores discriminados da Cidade. Em prosseguimento,
o Senhor Presidente concedeu a palavra, em Tribuna Popular, ao Senhor Juarez da
Silva Júnior, representante da Associação dos Servidores do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana da Prefeitura de Porto Alegre - ASDMLU, que,
registrando o transcurso, hoje, do Dia do Gari, relatou as atividades
desenvolvidas pelos trabalhadores da área de limpeza urbana, defendendo a
implantação de políticas públicas que viabilizem uma maior valorização e
preparação profissional desses servidores. Na ocasião, o Senhor Presidente
registrou as presenças dos Senhores Rosalino Mello, Chefe de Gabinete da
Diretoria-Geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, DMLU, e Valdecir
Oliveira, Presidente da ASDMLU, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa
dos trabalhos. Ainda, concedeu a palavra ao Vereador Pedro Américo Leal que, em
nome da Casa, saudou os representantes dos trabalhadores da área de limpeza
urbana da Cidade. Ainda, o Vereador Paulo Brum registrou que, hoje à noite,
será realizada uma festa-baile na Quadra da Escola Imperadores do Samba, como
parte integrante das comemorações da Semana do Gari 97 e, às dez horas e um
minutos, foram declarados suspensos os trabalhos, nos termos regimentais, sendo
reabertos, constatada a existência de "quorum", às dez horas e três
minutos. Em PAUTA ESPECIAL, 5ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº
18/97, discutido pelos Vereadores João Dib, Cyro Martini, Antonio Hohlfeldt e
Adeli Sell. Após, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador João
Verle, Diretor-Geral do Departamento Municipal de Habitação. A seguir,
constatada a existência de "quorum", foi aprovado Requerimento verbal
do Vereador João Carlos Nedel, aditado pelos Vereadores João Motta, Pedro Ruas
e Paulo Brum, solicitando alteração na ordem dos trabalhos, passando-se ao
período de ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de
Decreto Legislativo nº 07/97. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 05/97, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e seis votos
SIM e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Anamaria
Negroni, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo,
Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel,
João Dib, João Motta, Lauro Hagemann, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo
Leal, Pedro Ruas, Renato Guimarães, Sônia Santos, Maristela Maffei e Helena
Bonumá e optado pela Abstenção o Vereador Guilherme Barbosa. A seguir, foram
aprovadas as Emendas nºs 01 e 02 apostas a este Projeto. Em Discussão Geral e
Votação foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 153/96 e a Emenda nº 01
a ele aposta, após ser discutido pelos Vereadores Pedro Ruas, Adeli Sell e
Carlos Garcia. Em prosseguimento, o Senhor Secretário procedeu à leitura do
Parecer nº 100/97 (Processo nº 985/97 - questionamento do Vereador João Dib,
acerca das atitudes a serem tomadas pela Casa em face da publicação
extemporânea de responsabilidade do Poder Executivo), da Comissão de
Constituição e Justiça, tendo o Vereador João Dib solicitado recurso ao
Plenário no referente a este Parecer. Em continuidade, foram aprovados os
seguintes Requerimentos: de nº 120/97 (Processo nº 1662/97 - solicitando
autorização para representar a Câmara Municipal de Porto Alegre no IV Encontro
Nacional de Parlamentares Portadores de Deficiência, em Brasília/DF, bem como
fornecimento de diárias e passagens na forma legal), de autoria do Vereador
Paulo Brum; de nº 121/97 (Processo nº 1663/97 - Moção de Apoio aos
trabalhadores em educação por sua luta pelo cumprimento das Leis 10395/95 e
10416/96), de autoria do Vereador Gerson Almeida, após ser encaminhado à
votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, João Dib, Sônia
Santos, Lauro Hagemann, José Valdir e Gerson Almeida. Na ocasião, o Senhor Presidente informou ter sido efetuada a
entrega, aos Líderes de Bancada, de plano de trabalho para a gestão da presente
Mesa Diretora, solicitando aos Senhores Vereadores o exame deste plano e a
apresentação de sugestões visando ao
aperfeiçoamento do mesmo, a fim de que seja alcançado o melhor para esta
Câmara. O Requerimento de autoria do Vereador Elói Guimarães, solicitando seja
o Projeto de Lei do Executivo nº 09/97 (Processo nº 1069/97) considerado em
regime de urgência e submetido à reunião conjunta das Comissões de Constituição
e Justiça, de Economia, Finanças e Orçamento, de Urbanização, Transportes e
Habitação e de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, foi encaminhado à
votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt e Elói Guimarães, tendo votado Sim
os Vereadores Eliseu Sabino, Gerson Almeida, João Carlos Nedel, Paulo Brum,
Maristela Maffei e Helena Bonumá e optado pela Abstenção os Vereadores João Dib
e Reginaldo Pujol, votação declarada nula pelo Senhor Presidente, tendo em
vista não ter atingido o "quorum" regimental. Às doze horas, em face da inexistência de
"quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos da
presente Sessão, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à
hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Clovis Ilgenfritz, Isaac Ainhorn
e Paulo Brum e secretariados pelos Vereadores Paulo Brum, Guilherme Barbosa e
Adeli Sell, este como Secretário "ad hoc". Do que eu, Paulo Brum, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.
O SR.
PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): Anunciamos o comparecimento do Sr. Nilzo Pereira
Maia Caetano, Provedor da Irmandade do Divino Espírito Santo, a quem convidamos
a ocupar a Mesa juntamente com o Vice-Provedor, Sr. Tadeu Podlanskin, com o Sr.
Itamar Correa do Santos, alferes da Bandeira, e com a Sra. Ida da Silva. Temos
a satisfação e a honra de receber a Comunidade que representa a Irmandade do
Divino Espírito Santo.
O Sr. Nilzo Pereira Maia
Cardoso está com a palavra.
O SR. NILZO PEREIRA MAIA CAETANO: Exmos. Srs. Vereadores, em nome da Irmandade
do Divino Espírito Santo, queremos fazer um chamamento neste momento: que o
Divino Espírito Santo dê aos Senhores o dom da sabedoria, dê aos Senhores o dom
do entendimento, do conselho, da fortaleza, da ciência, da piedade, do temor a
Deus. Que o Espírito Santo lhes dê, com o auxílio do seu dom e da glória de
Deus Uno, Trino, proteção e que os ilumine na condução do destino da nossa
querida Cidade de Porto Alegre. Em nome da Irmandade agradecemos esta recepção.
Ao nosso irmão Carlos Garcia, o nosso muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Nos resta dizer amém! Solicitamos ao Sr. 1º Secretário que dirija
algumas palavras, em nome da Casa, aos nossos visitantes.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Nilzo Pereira Maia Caetano, Provedor da Irmandade do Divino
Espírito Santo, Senhores que nos visitam, queremos, em nome da Câmara Municipal
de Porto Alegre, agradecer aos Senhores a sua presença, saudando-os e dizendo o
quanto nos sentimos honrados por esta singela visita. Tenham a certeza de que
em nossos corações estará presente a mensagem de paz, de amor e de fraternidade
que nos trouxeram. Levem a certeza do nosso carinho e o nosso respeito. Saúde e
paz a todos! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Garcia está com a palavra.
O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente, temos que registrar nossos
agradecimentos ao Sr. Nilzo, ao Sr. Itamar, ao Sr. Tadeu e à Sra. Ida. Aquelas
pessoas que não conhecem o Divino Espírito Santo, por favor, compareçam. E
aqueles que são católicos, que acreditam, invoquem o Espírito Santo, porque Ele
sempre está conosco. As bênçãos daqueles que o invocarem, tenho certeza de que
as receberão. Portanto, estão todos convidados a se engajar nessa obra, que é
altamente meritória e, realmente, está precisando de ajuda.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cyro Martini está com a palavra.
O SR. CYRO MARTINI: Sr. Presidente, não poderia deixar de transmitir a minha palavra e, ao
mesmo tempo, por delegação da Bancada, a palavra do Partido dos Trabalhadores
relativamente a esta movimentação anual referente ao Espírito Santo. A par
disso, gostaria também de deixar destacado aqui o meu testemunho ao Sr. Nilzo
Pereira Maia, que eu conheço há muitos anos e que, com grande alegria e
satisfação, vejo à frente de um outro movimento nobre e de grande significação
como esse. Nós tivemos, na década de 70, a oportunidade de desenvolver
trabalho, dentro da educação de trânsito, que redundou em bom proveito, graças
ao trabalho e ao esforço do Sr. Nilzo Pereira Maia. Então, acho que assim nós
estamos a par da presença aqui do Espírito Santo, que há de iluminar esta Casa,
com toda a certeza, e também a presença do Nilzo e da sua equipe. Então, os
nossos efusivos votos de que este ano, novamente, o Espírito Santo nos
contemple e nos dê a sua graça e o seu respaldo.
O SR. PRESIDENTE: Fala pelo PTB o Ver. João Carlos Nedel.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: É com imensa satisfação que a Bancada do PTB se
manifesta, agradecendo a Deus a grande oportunidade da visita de vocês como
mensageiros do Espírito Santo entre nós. Estamos na Semana do Espírito Santo.
Eu estou, inclusive, participando dos comemorações na Paróquia do Espírito
Santo lá, na Vila Floresta.
Para a Câmara de Vereadores,
é uma oportunidade muito grande serem citados os dons do Espírito Santo. Nós
precisamos muito deles para a defesa do bem comum, para a defesa da nossa
sociedade. Iluminados pelo Espírito Santo, receberemos esses dons e os
colocaremos em prática em prol do bem comum, da nossa sociedade.
É uma honra recebê-los e é
uma graça que Deus nos manda. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE: Mais uma vez, Sr. Nilzo, agradecemos, em nome da Casa, dos
funcionários, de todo o Legislativo, a presença do senhor com a bandeira do
Espírito Santo. Agradecemos a medalha, o santinho que recebemos e a oração aos
dons do Espírito Santo. Seguramente, as pessoas vão considerar isso com muito
respeito e muita devoção.
Estão suspensos os trabalhos
para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos
às 09h25min.)
O SR. PRESIDENTE (às 09h28min): Estão reabertos os trabalhos. Há dois pedidos de
licença sobre a mesa. O Ver. Hélio Corbellini solicita licença para tratamento
de saúde no período de 15 a 16 de maio de 1997.
Já tomou posse, na sala da
presidência, ontem, a Suplente Maristela Maffei em substituição ao Ver. Hélio
Corbellini, nos termos regimentais, e fará parte da Comissão de Defesa do
Consumidor e Direitos Humanos.
O Ver. Juarez Pinheiro
solicita licença para tratamento de saúde no dia de hoje.
Em seu lugar, estará tomando
posse, neste momento, a nossa querida Suplente Helena Bonumá. Como ainda não
prestou juramento, nós vamos solicitar que ela faça a entrega à Mesa do Diploma
e da Declaração de Bens.
(É dada posse à Vera. Helena
Bonumá, conforme consta da Ata.)
Antes de iniciar o período
da Tribuna Popular, anuncio que a Vera. Maria do Rosário, Presidente da
Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos desta Casa, retirar-se-á do
Plenário para participar da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da
Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, como convidada, para a audiência
pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, destinada a apurar as
denúncias sobre o trabalho da criança e do adolescente. Essa reunião realiza-se
no plenarinho do Palácio Farroupilha.
Nessa ocasião, também
estarão presentes Deputados Federais e Senadores, membros da CPI, que colherão
denúncias relativas ao tema no Rio Grande do Sul. As entidades que atuam com o
tema criança e adolescente serão ouvidas a partir das 9h.
Ontem, tivemos o prazer de
nos avistar com a Senadora Benedita da Silva, que está em Porto Alegre.
A Vera. Maria do Rosário
estará em representação desta Casa na Comissão Parlamentar de Inquérito.
O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente, solicito, nos termos regimentais,
que sejam concedidos 5 minutos para a Vera. Helena Bonumá.
O SR. PRESIDENTE: Mais uma vez pedimos licença aos servidores do Departamento Municipal
de Limpeza Urbana, que estão inscritos para a Tribuna Popular, para antes
ouvirmos a Vera. Helena Bonumá.
Com a palavra a Vera. Helena
Bonumá.
A SRA. HELENA BONUMÁ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
demais participantes desta Sessão. Serei breve, até porque temos na pauta os
servidores do Departamento Municipal de Limpeza Urbana e, certamente, há vários
outros assuntos para serem tratados, nesta Sessão, de igual importância.
O intuito da minha fala é
mais uma saudação a esta Casa, aos Vereadores e Vereadoras aqui presentes,
dizer que para mim é uma honra novamente estar assumindo na minha Bancada.
Estou no Executivo
trabalhando na estruturação de um trabalho, numa Coordenação de Direitos
Humanos e Cidadania, onde estamos discutindo, debatendo políticas de ações
afirmativas para os setores sociais discriminados da Cidade, na continuidade de
um trabalho que já se realiza na Administração Popular, na área da assessoria
da mulher e da assessoria do negro. Esse trabalho está sendo ampliado. Também
estamos ampliando um trabalho na área de combate e prevenção à violência e um
trabalho de conscientização na área de direitos humanos. Sabemos que para o
desenvolvimento desse trabalho é fundamental a parceria com a Câmara de
Vereadores, assim como com os diferentes setores sociais organizados, os
diferentes movimentos que lutam pela sua cidadania, como os portadores de
deficiências, como as crianças e os adolescentes, os idosos, enfim, vários
segmentos sociais que buscam a sua cidadania, que ainda têm sido marginalizados
na sociedade, que muitas vezes carecem de leis ou não têm as leis que
determinam a sua proteção aplicadas efetivamente. O trabalho desta Coordenação
vem nesse sentido. Viremos à Câmara de Vereadores oportunamente para fazer uma
apresentação formal aos Vereadores, porque entendemos que esse trabalho deve
ser realizado conjuntamente com a Câmara, o Executivo e a sociedade organizada.
Precisamos de conscientização em relação ao direito humano, ao direito de
cidadania, para que esse trabalho se desenvolva. Nesse sentido, ele é um desafio, é uma proposta ousada. Ainda
estamos no início da estruturação do seu plano de trabalho.
Voltarei para apresentar
formalmente essa proposta de trabalho, pois sei que esta Casa tem lutado pelos
direitos humanos, pela cidadania na nossa Cidade, e tenho certeza de que aqui
encontrarei um abrigo e apoio para esse trabalho. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa expressa, em nome de todos os colegas Vereadores, as
boas-vindas e a nossa solidariedade à Vera. Helena Bonumá pelo trabalho que
está sendo desenvolvido com a sua coordenação no Executivo. Tenho certeza de
que o Prefeito Raul Pont tomou uma decisão de grande valia para o Município. Há
poucos instantes, uma outra Vereadora saiu deste Plenário para representar a
Casa num assunto que está intimamente ligado ao seu trabalho no Executivo.
Tenho a certeza de que, quando o seu trabalho for apresentado, terá o apoio e
até sugestões de aperfeiçoamento por parte dos Vereadores desta Casa. Hoje,
temos várias Vereadoras, o que também é motivo de satisfação.
Passamos à
TRIBUNA POPULAR
Convidamos o Sr. Juarez da
Silva Júnior para falar da tribuna, abordando assunto relativo às atividades
desenvolvidas pelos trabalhadores da limpeza urbana, representando a Associação
dos Servidores do Departamento Municipal de Limpeza Urbana da Prefeitura de
Porto Alegre - ASDMLU.
Está presente o Sr. Valdecir
Oliveira, Presidente da Associação, e o Dr. Rosalino, que representa a
Direção-Geral do DMLU, a quem convido para fazer parte da Mesa. O Rosalino já
foi Assessor em nossa Casa e hoje colabora com a Direção-Geral do DMLU.
O Sr. Juarez da Silva Júnior
está com a palavra.
O SR. JUAREZ DA SILVA JÚNIOR: (Saúda os componentes da Mesa.) O que nos traz aqui
hoje é homenagear o Dia do Gari de Porto Alegre, que foi instituído pelo
Projeto de Lei nº 7263, de 1993, do então Vereador Darci Campani, na época no
exercício do seu mandato. Dia 16 de maio é o dia da valorização,
confraternização e reconhecimento da sociedade com a nossa categoria. Nós, da
Associação dos Servidores do DMLU, tomamos para nós o compromisso de
desenvolver atividades, não só no Dia do Gari, mas toda uma semana, no sentido
de exaltar a nossa categoria. Estou um pouco tenso não só por estar nesta Casa,
que respeito, mas por ser tão grande o compromisso que tenho de falar em nome
de uma categoria tão importante quanto essa, cujo contingente permeia três mil
e quinhentos, quase quatro mil trabalhadores. Gostaria de começar com um breve
histórico da nossa categoria, que não está nos livros, mas que os anciãos da
nossa categoria nos passam através do dia-a-dia.
O serviço de limpeza urbana
começou em Porto Alegre no final do século XVIII em função de duas epidemias
que se abateram sobre a Cidade. Uma junta médica pensou - o que hoje é o óbvio
para nós - que a Cidade precisava de coleta de lixo, de limpeza e de varrição.
Nesse período, ainda em pleno escravismo, foram os escravos que começaram a
desenvolver esse trabalho. De lá para cá, os trabalhadores da limpeza urbana
passaram por uma série de processos, e poderíamos citar, como ponto de
referência, o modo como são chamados. Depois disso, passaram a ser chamados de
"barnabés"; depois, vieram os "lixeiros". A atividade era
desenvolvida por ex-presidiários e detentos em regime semi-aberto. De alguns
anos para cá, nas últimas administrações, tem sido desenvolvida, tanto em nível
de atividades, como coleta seletiva, coleta hospitalar, por essa administração
e pelas entidades que representam a categoria, a função do gari. Nós buscamos um reconhecimento maior da
sociedade devido às atividades que desenvolvemos.
Hoje em dia, um trabalhador
da limpeza urbana precisa fazer coleta seletiva, precisa fazer coleta
hospitalar, precisa estar nos aterros sanitários, que já não são mais os
lixões, como existiam antigamente, onde apenas se largava o lixo.
Eu queria salientar que tão
árduas são estas atividades que, do ponto de vista do tempo de vida de um
trabalhador da limpeza urbana, não se torna tão fácil. O inverno na nossa
região é muito rigoroso. Fazer coleta no inverno, em dias de chuva fina, é uma
coisa que dói na pele. Fazer a varrição no período do verão, quando o calor é
muito forte, também é um trabalho bastante árduo. Recolher o lixo naqueles
caminhões-caçamba é uma tarefa difícil. Nós colocamos o nosso tempo de vida à
disposição do trabalho. Nós colocamos em risco a nossa própria vida quando
estamos fazendo a coleta hospitalar ou mesmo quando estamos fazendo coleta
seletiva, ou outro tipo de coleta, quando se está no meio do trânsito da
cidade.
Outra questão que nos é
importante é a questão da modernidade, como estão sendo desenvolvidas, hoje, as
novas formas de trabalho, a automatização; nós já vemos máquinas que varrem as
ruas. E os trabalhadores que fazem este trabalho será que vão conseguir
acompanhar este processo? Então, nós, da Associação, junto com a Direção do
DMLU, ocupamos este espaço para convocar toda a sociedade de Porto Alegre e
esta Casa no sentido de promover políticas públicas para que os trabalhadores
da limpeza urbana possam acompanhar esse movimento da nossa sociedade, pois a
automatização e a terceirização já estão no nosso dia-a-dia. Precisamos de
políticas públicas, precisamos nos informar e nos formar para conseguir
acompanhar esse processo, e que nós, ao longo desse tempo, consigamos passar de
barnabés, lixeiros, garis, para o reconhecimento da sociedade como
trabalhadores, profissionais da limpeza urbana. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Insistimos em convidar para participar da Mesa - por pelo menos alguns
segundos - conosco o Presidente da Associação. Ele não quis vir porque está sem
gravata, mas ele nunca usa gravata no trabalho. Então, pedimos ao Sr.
Valdecir Oliveira, que representa os
funcionários, que faça parte da Mesa, bem como o advogado Rosalino Mello, que
representa o DMLU, e o representante da Associação, que fez o pronunciamento.
O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Sr. Presidente, apenas para uma sugestão à
Mesa, tendo em vista o caráter quase que solene e festivo da presença da
representação dos dirigentes ligados à limpeza urbana da Cidade de Porto
Alegre, solicitaria que V.Exa. deferisse a algum Vereador a faculdade de fazer
a saudação em nome da Casa.
O SR. PRESIDENTE: Muito bem, Vereador. Eu só vou escutar o Ver. Pedro Américo Leal, que
também havia pedido a palavra.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL (Requerimento): Sr. Presidente, eu havia
pedido para falar. Quero falar em tempo de Liderança.
O SR. PRESIDENTE: Havendo a concordância de todas as Bancadas, concedemos a palavra ao
Ver. Pedro Américo Leal para falar em nome da Casa.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é com grande
orgulho e satisfação que eu peço para falar - e raramente faço isso. Eu só uso
a palavra em legítima defesa. Procuro fazer da palavra alguma coisa que seja
conquistada. Então, é com essa introdução que eu me anuncio aqui na tribuna
para saudar a Associação dos Servidores do Departamento Municipal de Limpeza
Urbana da Prefeitura. Ouvi com atenção aquele que usou a palavra por esse
Departamento, e me impressionou profundamente - por que não dizer ? - a sua
relutância e sua emoção em usar a tribuna. Na verdade - um gari, um homem da
limpeza pública usando a tribuna municipal -, ele tinha essa convicção de que
não podia fazer isso. Mas por que não podia fazer isso? V.Exas. já se lembraram
ou já lhes ocorreu a idéia de, quando V.Exas. não conseguem cumprir suas
missões, o que acontece com a Cidade? O que é parar a limpeza pública na Cidade
de Porto Alegre? É comoção geral, tumulto generalizado, porque os homens da
limpeza pública não apareceram para trabalhar. Que greve terrível! Então, é com
a sua ausência que vocês provam o valor de suas presenças. Talvez nós
precisemos sentir que são necessários através desse desaparecimento repentino
dos homens da limpeza pública da Cidade de Porto Alegre. Ora, meu querido
Companheiro, a emoção que o trouxe à tribuna não traduz fielmente a importância
de vocês. Podem ter certeza de que me levantei da tribuna para falar pela
primeira vez. Já em um artigo que fiz há alguns anos atrás, na "Zero
Hora", eu me referia aos "atletas da noite", aos homens que, quase
fazendo uma maratona, se precipitam pelas ruas de Porto Alegre, levantando
fardos madrugada adentro. Eles fazem isso. Esse artigo, que não lembro mais
qual foi o teor de que me servi para render meu preito de homenagem, escrevi há
mais de quinze, vinte anos. Naquele tempo, eu escrevia embaixo de Mendes
Ribeiro e me referia aos "atletas da noite", que são os homens da
limpeza pública, os garis. Esse nome - gari - não é pejorativo, como se
estivesse relegando a um segundo plano essa atividade profissional. Não, na
verdade, o cidadão procura uma maneira monossilábica de informar e de designar
alguém e a chama de gari, mas não há desprestigiamento algum nessa
caracterização. Gari, homem da limpeza pública! O que importa é a importância
de vocês. Podem ter a certeza de que não escrevi aquele artigo em vão há
quinze, vinte anos atrás - “Os Atletas da Noite”.
É com grande respeito e
profunda reverência que esta Câmara os saúda, e pela primeira vez, se não me
engano, em Assembléia Legislativa e em Câmara Municipal, ao longo de quase
vinte anos de atividade política, que peço para falar, para saudá-los. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: O nosso representante, mostrando alto espírito de solidariedade e
respeito, ao mesmo tempo se tornou agora - e tem sido nesta Casa - um atleta da
palavra. Ele fala pouco, mas fala bem. Sempre deixa uma ótima impressão.
Eu queria agradecer o
discurso feito pelo Ver. Pedro Américo em nome de todos nós. Hoje é o Dia do
Gari. Mas esta comemoração não impede que a Cidade continue limpa, e isso é
muito importante. Orgulhamo-nos - e eu tenho orgulho redobrado, porque
participei muito dos trabalhos para tentar colocar essa categoria, dentro da
Administração, num patamar digno e que hoje, seguramente, se não é o ideal, é
bem melhor do que algumas outras categorias que hoje estão se defrontando com
problemas sérios no nosso Estado.
O SR. PAULO BRUM: Srs. Vereadores, dentro do projeto Semana do Gari 97 foram
desenvolvidas diversas atividades, jogos esportivos de confraternização e de
valorização da própria categoria. A pedido do representante da Associação,
comunico que hoje à noite encerram-se as atividades de comemoração da categoria
com uma festa-baile de confraternização dos profissionais da limpeza urbana, em
comemoração ao Dia do Gari. Será às 23h, na Quadra dos Imperadores do Samba.
Convidamos os Srs. Vereadores para participar dessa festividade de comemoração,
de integração e de luta dos profissionais da limpeza urbana.
O SR. PRESIDENTE: Mais uma vez agradecemos a presença do Presidente da Associação,
Valdecir Oliveira, do nosso advogado representando o Diretor-Geral, Campani, e
do Sr. Juarez da Silva Júnior.
(Suspendem-se os trabalhos
às 10h01min.)
O SR. PRESIDENTE (às 10h03min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos ao período de
PAUTA ESPECIAL
5ª SESSÃO
PROC. 1490/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 018/97, que dispõe sobre o Plano
Plurianual para o quadriênio de 1998/2001 e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, desejo lembrar que no orçamento plurianual não consta plano de
carreira para os servidores municipais. Deve constar. Desejo lembrar que a
Comissão de Constituição e Justiça, em parecer unânime, informou que os 13% da
saúde fazem com que eles sejam aplicados sob o orçamento global da Prefeitura.
Desejo lembrar que os gastos de pessoal devem computar todo o pessoal da
Prefeitura - vale dizer, inclui o DMAE. Eu poderia pedir que a Taquigrafia,
para preencher os 15 minutos, repetisse isso reiteradas vezes. Sou grato, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Saúde e paz. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cyro Martini está com a palavra.
O SR. CYRO MARTINI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta é mais uma oportunidade para
refletirmos acerca do que está inserido no Plano Plurianual para este período
que vai até o ano 2001. Obviamente, há muitas preocupações acerca de toda a
problemática que aflige os porto-alegrenses no campo da saúde, no campo da
educação. Inúmeros problemas afligem a saúde, especialmente no que concerne à
qualidade de atendimento, que deve ser cada vez mais melhorada. No campo da
educação, para citar a nova Lei de Diretrizes e Bases sobre o conteúdo
profissionalizante do trabalho educativo, tanto do ponto de vista formal como
informal, também deve merecer atenção. Mas um deles, certamente, vai preocupar,
e espero que tal não ocorra com tanta agudeza: é o campo que diz respeito ao
trânsito e ao transporte. Trânsito e transporte - a tendência é cada vez mais
criar empecilhos e dificuldades para o administrador, de um lado, e para os
usuários porto-alegrenses por outro lado.
Dentre as diretrizes que
norteiam o plurianual, com relação a transportes e trânsito, a primeira delas é
ampliar o controle social sobre o sistema de circulação e transporte. O
controle social sobre circulação e transporte significa algo de importância
para todos nós, porque através do controle social nós vamos oportunizar que a
sociedade organizada, ou até mesmo não tão organizada, possa se manifestar com
relação à circulação e transporte, não apenas através da temática de circulação
e transporte, mas através de todo o arcabouço, de toda a estrutura do Orçamento
Participativo, como também, sob outros ângulos, sob outros quadrantes, discutir
acerca da circulação e transporte.
A circulação ainda não
atingiu aquele ponto de fluidez que todos nós como motoristas, passageiros,
gostaríamos que tivesse, mas aos poucos vamos conseguindo encontrar soluções. É
verdade que há dificuldades com o crescimento da frota de Porto Alegre, que
aumenta sensivelmente todo mês, e as questões que preocupam sofrem acréscimo
quantitativo de modo expressivo, o que dificulta sobremaneira conseguirmos
encontrar soluções de curto prazo e até de médio prazo. O transporte,
comparando-o ao de um tempo atrás com o de hoje, reconhece que o ganho para o
porto-alegrense foi significativo. Tínhamos um transporte, há um tempo, muito
precário, desqualificado, em que tínhamos o malfadado terminal, que obrigava o
cidadão a deslocar-se do seu bairro e ficar postado ali, como no da Rua Tenente
Alpoin, no terminal da Rua Antônio de Carvalho. E me lembro quantas vezes ouvi
os conhecidos da Lomba do Pinheiro, do Partenon, da São José reclamarem: “não
somos gado para ficar encurralados!”. Vejam como avançamos em termos
qualitativos. E sempre que ouço falar em corredores, em terminais, fico um
pouco preocupado.
O Sr. Isaac Ainhorn: V.Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Sobre a matéria que V.Exa. enfoca, acho correto esse enfoque contrário às
chamadas estações de transbordo na condução de passageiros. O que acho que a
municipalidade, num projeto mais abrangente, deveria buscar é o caminho que
hoje existe em progressistas cidades como a de Curitiba, onde a tarifa é única
nas estações integradas. Por exemplo, a pessoa que mora no seu Partenon - e digo
assim pelo carinho que o senhor tem por esse bairro - e, infelizmente, por
circunstâncias, trabalha na Zona Norte, ela é obrigada a pegar duas conduções e
pagar duas tarifas, quando em Curitiba, através das estações que são de
cilindros acrílicos, sai de um e entra em outro transporte coletivo pagando uma
única tarifa. É lamentável que a Administração não tenha, nos seus projetos, a
busca do seu plano de atuação e essa integração no sistema de transporte
coletivo. Grato pelo aparte.
O SR. CYRO MARTINI: Assim tenho a oportunidade de dizer algo sobre propostas nesse sentido, de com apenas uma
tarifa deslocar-se por Porto Alegre, utilizando um ou mais transportes
coletivos. Talvez o Executivo deva trazer esse projeto à Casa para nos
informar, porque existe e já está em andamento no sentido de ser implantado.
Inclusive há toda uma problemática com relação a tecnologia moderna, que pode
criar algumas dificuldades com relação ao quadro de funcionários empregados no
transporte coletivo. É um equívoco sobre o qual incide o Ver. Isaac, mas
perdoável porque parece que ele ainda não teve oportunidade de tomar
conhecimento dos planos que já foram elaborados pela Secretaria Municipal dos
Transportes no sentido de ir ao encontro da lembrança aqui feita pelo Ver. Isaac
Ainhorn.
No caso da sistemática
empregada por Curitiba quanto ao trânsito, sempre devemos ter uma atenção
particular, porque, na prática dedicada pela Administração ao longo de muito
tempo em Curitiba, tem-se mostrado relativamente avançada. Na década de 70 já
empregavam câmaras de TV para a localização de problemas no trânsito. São
avanços sobre os quais também temos que ter a nossa atenção. Então, o controle
social vai possibilitar uma maior participação dentro dessa problemática de
circulação e transporte.
Ampliar a qualidade do
transporte coletivo - já fiz um breve comentário sobre essa diretriz.
Realmente, nós temos que insistir permanentemente sobre a qualidade do
transporte coletivo. Se antes o problema era de um transporte desqualificado
sob o ponto de vista da limpeza e da comodidade dos ônibus, hoje o problema não
repousa exatamente aí. O problema maior, no meu entendimento, é que a frota de
coletivos de Porto Alegre já não consegue atender a todos os usuários de modo
satisfatório, especialmente nos horários de pico, quando as pessoas vão e
voltam do trabalho. O problema mais sério é o número de ônibus para os horários
de ida e volta nos horários de pico.
Outro problema existente é o
alcance desses ônibus. Cada vez mais o ônibus tem que se distanciar para
alcançar a população que está indo para a periferia. O sistema não só deve ser
ampliado qualitativamente no sentido de melhorar - aí eu acho que a Prefeitura
avançou muito nos últimos anos -, mas também procurando abranger cada vez mais
a população distante do centro urbano. Ampliar o acesso dos usuários ao
transporte coletivo é um tema sobre o qual já falamos. É importante reduzir o
tempo e os custos e melhorar a segurança nos deslocamentos, proporcionando
condições para a livre circulação de pedestres, principalmente onde há maior
concentração, como no Centro. A prioridade para o pedestre tem de ser concedida
sempre, não podemos priorizar os veículos. Por isso que, quando se fala em
fluidez na área central, desconsiderando o aspecto segurança, estamos cometendo
um grave equívoco contra as medidas preventivas que devem ser adotadas para
evitar que os pedestres sejam atingidos. Na área central, todas as
dificuldades, digamos assim, devem ser apostas para que os veículos não possam
fluir com muita facilidade, porque ali o excesso de velocidade é acima do
permitido. Então temos que ter esse cuidado de priorizar a travessia do
pedestre. Nas avenidas, em alguns pontos, também a prioridade aos pedestres
deve ser destacada. Como proceder com relação a essa prioridade ao pedestre?
Essa é uma outra dificuldade muito séria, muito difícil. Hoje a tecnologia
oferece alguns recursos que podem vir melhorá-la, como, por exemplo, a lombada
eletrônica. Mas a lombada eletrônica, a par dos custos elevados, ela tem um alcance
limitado. Onde houver maior concentração, como diante de uma escola, podemos
colocar uma lombada eletrônica.
E assim vão as diretrizes e
as metas do Município em relação a trânsito e transporte. Eu entendo que as
diretrizes são um pouco tímidas com relação a trânsito. Pois deveríamos dar
maior destaque a isso! É uma questão de ótica. Pois minha ótica é mais para o
lado do trânsito e a ótica da Secretaria Municipal dos Transportes é mais no
sentido dos transportes. Mas somando um mais dois, ou dois mais um, o
resultado, ao final, dá três. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Solicito ao Vice-Presidente, Ver. Isaac Ainhorn, que assuma a
Presidência dos trabalhos uma vez que este Presidente necessita atender a uma
demanda das obras em relação à rede elétrica da Casa.
A Mesa tem a satisfação de
anunciar a presença do Ver. João Verle, hoje Diretor-Geral do Departamento
Municipal de Habitação. Seja bem-vindo ao Plenário.
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, faço questão de,
pela primeira vez, usar esta tribuna e este microfone na nova posição, que foi
requerimento apresentado por este Vereador, e quero agradecer ao Ver. Clovis
Ilgenfritz, como Presidente da Casa,
aos funcionários do Setor de Obras. Só vai faltar agora um degrauzinho para
colocar o microfone. Acho que vai ser importante esta nova tribuna porque vai
nos possibilitar maior agilidade nos trabalhos de Plenário da Casa. Com isso
também se facilita que todos Vereadores tenham acesso rápido à tribuna. Espero,
Sr. Presidente, que se possa agilizar, inclusive, a tribuna, e da minha parte,
pessoalmente, continuo disponível aos apartes anti-regimentais do Ver.
Guilherme Barbosa, do Ver. Gerson Almeida, mas mais à distância, com maior
defesa, sem maior problema.
Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, brincadeira à parte, Ver. Guilherme Barbosa, quero saudar o Ver.
João Verle. O Ver. Verle ouviu falar de orçamento e veio para a Casa para não
perder o hábito do tempo em que ele estava na Comissão de Finanças e
Orçamento-CEFOR, da qual eu participava junto com o companheiro. Quero saudar o
Ver. João Verle, portanto, e quero, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, retomar a
avaliação que vinha fazendo na Sessão anterior em torno do Orçamento
Plurianual. Havíamos falado sobre uma série de áreas onde estão sendo propostas
uma série de medidas, e quero continuar agora, tocando na área da saúde, que é
uma área que me parece interessante.
Nós encontramos, na área da
saúde, a menção sobre a implementação de cuidados e de medidas em defesa da
saúde do trabalhador. Chamou-me a atenção a inclusão desse item na medida em
que ainda hoje - e me parece que, depois, o Ver. Nedel vai tocar no assunto ou
o Ver. Braz - o noticiário de jornal informa que aquele funcionário da SMOV,
portador do vírus HIV, acaba de ser formalmente demitido pela SMOV. É uma
contradição cuidar da saúde e, ao mesmo tempo, não garantir direitos mínimos, que estão escritos, inclusive, na
perspectiva de direitos humanos, de um funcionário aidético. Nós sabemos que
temos outros problemas semelhantes, Ver. Pedro Américo Leal, inclusive no DMAE.
Isso eu quero abordar nos próximos dias. Antes que se tome a decisão de
demissão, tentar garantir também a defesa desses funcionários portadores
positivos do vírus HIV, quando começam a sofrer pressão por parte da direção do
DMAE para se afastarem. O jogo é sempre o mesmo: primeiro se tira a licença
para tratamento de saúde, depois acaba sendo esquecido e afastado.
Chama-me a atenção, Sr.
Presidente, já trocando de assunto, que, no livro do GAPLAN e no livro da
Secretaria da Fazenda, se fala a respeito da melhoria da arrecadação do IPTU e
do ISSQN, melhoria que, aliás, está bem clara na análise inicial que o Plano
Plurianual traz. Já mencionei aqui, na Sessão passada, que nos três últimos
exercícios financeiros a Prefeitura tem aumentado as suas arrecadações. Em
1994, 1995 e 1996, a arrecadação vem subindo permanentemente. O curioso é que
todas as medidas anunciadas no Plano Plurianual visam aumentar a arrecadação,
mas não visam garantir direitos do pagador do imposto. Quero registrar aqui que
hoje de manhã conversava com o Secretário Arno Augustin. Quero dizer que houve
sensibilidade por parte de S.Exa., pois estou apresentando uma reivindicação a
ele de que a Prefeitura Municipal, a Secretaria da Fazenda coloque em dia
processos atrasados de atualização do IPTU, processos que, às vezes, têm dez
anos de atraso, Ver. Pedro Américo Leal.- isso me foi dito pelo Secretário,
quando visitei-o há duas semanas -, processos em que o pagador, o contribuinte,
o morador, não tem absolutamente culpa nenhuma. Ele fez o que lhe competia
fazer: apresentou os documentos, fez a regularização na SMOV, apresentou
plantas, enfim tudo. A Secretaria da Fazenda é que ficou atrasada, não
atualizou o cálculo do imposto. O problema é que, quando o faz, cobra os
atrasados de uma única vez, em diferentes carnês, cada lançamento no ano, mas
com vencimentos todos no mesmo dia. Casualmente ocorreu isso comigo. Tenho uma
casa há seis anos: fiz toda a papelada, conforme tinha que ser feito, registrei
tudo e fui surpreendido, há cerca de três semanas, com um calhamaço dos seis
anos de atraso de diferenças do IPTU. E aí conversei com o Secretário, dizendo:
"Não é o meu caso pessoal", porque são diferenças mínimas, às vezes
de 20 reais ao ano, mas eu imagino uma viúva ou outro cidadão que não tenha
grandes posses e que não tem responsabilidade pelo atraso sendo cobrado de uma
única vez. O Secretário Arno Augustin - é esse o registro que quero fazer,
positivo - se sensibilizou com a situação. Eu disse a ele que não era o meu
caso, até porque o valor é irrisório, mas eu fico pensando num cidadão que
troca a casa ou faz uma ampliação da casa, faz os registros, está crente que
está pagando o imposto devido e, um dia, é surpreendido por diferenças de
imposto em atraso a pagar. Acontece que cobram tudo de uma só vez. O vencimento
é todo em bloco - seis, sete, oito anos, dependendo da situação. Eu tenho
reivindicado ao Secretário, e ele me prometeu que vai fazer um encaminhamento
no sentido de que haja uma norma - isso pode, eu entendo, ser feito por meio de
um decreto -, para que, nos casos de atraso por responsabilidade do Executivo,
os atrasados sejam cobrados um por mês. Por exemplo: 94 seja pago em junho, 95
em julho, 96 em agosto, e assim por diante, parceladamente. Não me parece justo
que se descarregue no contribuinte uma coisa que é da responsabilidade da
Prefeitura, num período único. Acho que devemos incluir isso na questão do
Plurianual.
A segunda questão que me
preocupa também é uma reivindicação que tenho feito ao Secretário Arno Augustin
- aliás, a CEFOR, presidida na época pelo Ver. Luiz Braz, havia convidado o
Secretário Augustin para estar aqui na Casa e isso não foi possível: o
pagamento dos impostos mensalmente. A Prefeitura está cobrando o IPTU e o ISSQN
em torno do dia 25 de cada mês. Ora, o assalariado recebe, na melhor das
hipóteses, até o último dia útil do mês - 30 ou 31. O que nós estamos propondo
é que o pagamento do imposto esteja previsto para esse mesmo dia, ou seja, que
quem optou pelo parcelamento do IPTU - e o fez, obviamente, porque não tinha
dinheiro para pagar numa única parcela lá no mês de janeiro ou de fevereiro -
possa pagar as parcelas no último dia do mês e não no dia 25, porque ele acaba,
evidentemente, ou atrasando o imposto e pagando a multa, que é de 10% na
Prefeitura, ou pagando imposto em dia e tendo de pagar juros ao banco, que é
maior que 10%, como todos sabemos. De toda
maneira, o contribuinte sai prejudicado. E não parece que tenha lógica
que a Administração, que é do Partido dos Trabalhadores, acabe onerando os
trabalhadores de modo geral.
Não consegui sucesso, ainda,
nessa reivindicação, que não é para mim, para nenhum dos trabalhadores que aqui
estão, mas é para uma parcela significativa da população, aquela mesma população
que não paga o imposto em parcela única exatamente porque não tem condições de
pagar.
Então, essa é uma questão
que quero incluir no Plano Plurianual, uma revisão de datas de pagamento,
porque isso é fixado por decreto anual. Para o ano de 97, foi fixado no dia 28
de dezembro de 1996, e temos condições, portanto, de, ao incluí-lo no
Plurianual, fazer com que o próximo decreto faça a correção necessária, dando
tempo à Prefeitura para fazer os seus próprios reajustes de calendário fiscal
sem prejudicar o erário municipal, o que não é o nosso caso.
Também nos chama a atenção,
em relação à SMOV, que ela vai começar a cuidar da sinalização nas ruas, da
colocação de placas com identificação das ruas.
Ainda hoje pela manhã,
recebia, no início da Sessão, um telefonema de um morador da Auxiliadora,
indignado com a Prefeitura porque ontem perdeu mais de meia hora tentando
localizar uma rua na região da Auxiliadora pela inexistência de placas
indicativas da denominação da rua.
O Sr. João Dib: V.Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Há dois anos
coloquei um projeto instituindo o ano de 1995 como o ano de identificação dos
logradouros municipais. E coloquei, numa emenda, verba no Orçamento, só que a
Prefeitura não fez. Sancionou o Projeto de Lei, mas não colocou as placas.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: A gente pode, talvez, não escolher o ano de 97 ou
de 98 como o ano das placas, mas, primeiro, colocar uma verba no Orçamento,
prever com mais objetividade a necessidade da colocação de placas.
Este cidadão que me
telefonava, Ver. João Dib, sugeria que fizéssemos uma pequena legislação que
preveria o seguinte: todo prédio novo de esquina, o seu proprietário já teria a
responsabilidade de providenciar as placas. Eliminaríamos, pelo menos, a
questão dos novos prédios. Parece-me que esta é uma questão séria que se agrava
no período em questão. Esse cidadão que me ligou, de descendência alemã,
dizia-me que cidades européias, logo depois da II Guerra Mundial, chegavam a
ter uma lampadazinha colocada sobre a placa de identificação da rua para
facilitar a localização do cidadão durante a noite. Nós temos ruas em Porto
Alegre extremamente escuras, terrenos
onde a casa está situada mais no meio e prédios que têm árvores, às vezes frondosas,
na frente, dificultando a localização da placa com a identidade da rua. Nós
vamos ter que pensar alguma coisa sobre isso. O que me preocupa agora é uma
complementação importante sobre a legislação, que não vem sendo cumprida, que é
a colocação nas placas do Código de Endereçamento Postal. Nós já votamos a
legislação, está vigendo, mas não tem sido cumprida, nem mesmo por nós
Vereadores. Quando solicitamos a construção das placas por parte das empresas
que têm colaborado conosco, nós não temos solicitado a inclusão do CEP, que é
uma legislação que os próprios Vereadores votaram.
Quero também mencionar que
fiquei satisfeito porque no DEMHAB, na parte do Plurianual, o Ver. João Verle
faz incluir uma atenção especial com as cooperativas de habitação, e eu acho
extremamente importante. Mas estou preparando uma emenda, Ver. João Verle, para
fechar com essa posição de V.Exa. no sentido de que essa mesma preocupação com
cooperativas de habitação seja também da SMOV e do Planejamento, porque temos
recebido queixas das cooperativas de habitação, e o Ver. João Motta sabe bem do
que estou falando. Por exemplo, a questão do pessoal do DMLU, que esteve aqui
há pouco tempo, a questão dos jornalistas, a questão dos guardas municipais,
que têm cooperativas habitacionais...- é pelo péssimo tratamento que a SMOV dá,
quase que de perseguição que a SMOV dá, a má-vontade que a SMOV tem em relação
às cooperativas de habitação é um negócio acintoso. Nós temos que tomar uma
providência, sobretudo agora, quando encontro essa preocupação do Ver. João
Verle, enquanto Diretor do DEMHAB.
O Sr. Antônio Losada: V.Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Vereador, a CUTHAB está promovendo um fórum das cooperativas habitacionais no
sentido de enfrentar esse problema, de desenvolver efetivamente uma política
que facilite o encaminhamento de documentação e que se dê um tratamento
especial às cooperativas na Prefeitura. V.Exa. tem razão.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Agradeço o aparte. Quero-me candidatar desde logo a
participar desse fórum e apoiar esse fórum. Acho que nós precisamos buscar
alternativas para solucionar o problema de habitação popular. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, falarei sobre uma parte do Plano
Plurianual que diz respeito à Secretaria do Comércio, da Indústria e Produção,
mas antes solicito ao Ver. Antonio Hohlfeldt que ele precise mais os problemas
existentes com a SMOV, porque conheço muito bem a personalidade, o caráter do
trabalho do Secretário Estilac Xavier e do Secretário Substituto Francisco
Torman. Sei que esses dois cidadãos têm feito muito esforço para resolver todas
as questões atinentes àquela Secretaria. Se for problema de ordem burocrática,
técnica, ou mesmo de legislação, talvez possamos fazer um diálogo para tentar
solucionar o problema.
O Sr. Antonio Hohlfeldt: V.Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Vereador, na SMOV, a cada semana muda a
regra. A cooperativa cumpre um atendimento
de um pedido e, quando chega lá, inventam outro; cumpre aquele e, quando chega
lá, inventam outro; quando consegue escapar da SMOV, cai no Planejamento. Não
são diretamente do Sr. Secretário ou Subsecretário. Na verdade, são exigências
técnicas que dão um tratamento sem regramento fixo, e as cooperativas ficam à
mercê do técnico do dia. É objetivo, é
burocrático, e parece-me que a solução é criar um setor específico para
o atendimento das cooperativas, que reúna Planejamento e SMOV de uma vez só. Que
se faça uma listagem: tem que fazer tudo isso. A cooperativa cumpre e não tem
que perder tempo porque tem que providenciar rapidamente a obra.
O SR. ADELI SELL: Obrigado, Vereador. Acato a sua preocupação. Vou tentar levar essa
questão ao Governo Municipal e ao Secretário e vou servir-me da ajuda do nosso
embaixador Adaucto.
Há dias estamos discutindo o
Plurianual, e vou hoje tratar de uma questão que, muitas vezes, é um tanto
quanto esquecida na nossa Cidade, porque a Secretaria Municipal da Produção,
Indústria e Comércio, cuja sigla é SMIC, e portanto não aparece a letra
"P", fazendo com que, muitas vezes, esqueçamos a produção... Vou
trabalhar, mencionar e discutir aqui, fundamentalmente, a questão da produção
no nosso Município, produção no seu sentido mais amplo - produção agrícola,
pecuária, industrial -, mas hoje vou tentar dar mais ênfase para as questões do
meio agrícola, do meio rural da nossa Cidade.
A nossa Prefeitura tem como
objetivo criar canais de informação para os meios rurais a respeito de
tecnologias e do comércio de produtos agropecuários no MERCOSUL, possibilitar a
relação direta entre produtores dos diversos países integrantes do bloco. Tem
como meta a apresentação e implantação do Plano de Extensão Rural e aprofundar
o intercâmbio entre os produtores de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul,
Montevidéu, no Uruguai, Chile e Argentina, ou seja, há uma preocupação na área
da tecnologia, na área da extensão rural. Parece-me que isso é um elemento
fundamental a ser discutido na Cidade que é conhecida como a capital de maior
área rural, agrícola, e também conhecida como a cidade brasileira que tem a
melhor e maior quantidade de pêssego de mesa. Mas eu acredito que esta proposta
de atender o nosso produtor vai ajudá-lo a ser competitivo - e eu fiz questão
de mencionar o item que trata da relação com os produtores do MERCOSUL. Aqui, a
Prefeitura e a Secretaria estão acertando muito esta questão da tecnologia. Eu
não sei se é o caso de se fazer uma emenda, mas devemos discutir aqui e com o
nosso Governo a questão de uma parceria. A nossa parceria com a EMATER é uma parceria limitadíssima, e eu tive a
oportunidade de discutir com o Sindicato dos técnicos agrícolas, nesta semana,
e com a Associação dos Funcionários da Secretaria da Agricultura do Estado e lá
eu pude perceber, através deste diálogo, que já é um segundo diálogo que eu
faço com este segmento, que nós precisaríamos utilizar melhor a EMATER.
Inclusive, ela fica de uma forma um tanto quanto deslocada. Ela está situada na
CEASA, quando o grosso da população agrícola, aqui no Município, fica na região
sul. Já levei esta preocupação ao nosso Secretário Municipal José Luiz Moraes
para que nós discutíssemos a possibilidade de dialogar com o Estado sobre a
transferência da EMATER para uma região mais adequada, mais próxima do
produtor. Caso contrário, nós continuaremos com estas dificuldades. Portanto,
aí está uma questão que eu considero de fundamental importância para o
Município de Porto Alegre.
Outra parceria me parece ser
a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, cuja parceria já está em curso.
Numa conversa que eu tive com o Diretor da Faculdade de Agronomia da
Universidade Federal, ele pretende, porque é parte deste projeto de integração
Município/Universidade, dar ênfase a esta questão. Ali, nós temos uma
facilidade, porque a Faculdade de Agronomia fica próxima ao CAD, Centro
Agrícola Demonstrativo, que hoje está sendo reestruturado para novos
investimentos, inclusive agora com o início da plantação de ervas medicinais e
a possível articulação com a Secretaria Municipal de Saúde de uma farmácia com
a utilização das próprias ervas medicinais produzidas no Centro Agrícola
Demonstrativo.
Temos aqui também, no
Plurianual, alguns outros elementos importantes nessa linha. A Prefeitura
propõe para a discussão a realização concomitante da Feira Agropecuária do
Município de Porto Alegre e Festa do Pêssego, da Uva e da Ameixa anualmente.
Parece-me uma grande correção. Nós temos já a tradicional Festa do Pêssego.
Agregaremos aí a uva e a ameixa, mas agora a Prefeitura propõe uma feira
agropecuária. As pessoas, às vezes, não conhecem o que se produz aqui na Zona
Sul, particularmente, e em outras
bacias de nossa Cidade. Acredito que este seria o grande momento, já que há um
outro ponto do Plano Plurianual que fala na piscicultura, na apicultura e o
incentivo que está sendo dado com essa parceria com a Associação Gaúcha de
Apicultores (AGA), que se instalou dentro do Centro Agrícola Demonstrativo,
para que a nossa feira agropecuária tenha um perfil de muita ousadia. Parece
que precisam destacar um pouco mais nesse processo o incentivo à piscicultura,
porque temos em Porto Alegre um grande potencial hídrico. Nós teríamos que ter
uma parceria maior com a Secretaria de Obras e Viação, porque o nosso pequeno
produtor não tem condições de pagar
para fazer um açude efetivo. Muitas vezes se conhece em nosso Estado açudes que, na verdade, não são açudes, mas
poças. Temos de ter açudes efetivos. É possível em Porto Alegre desenvolvermos
mais a piscicultura, porque há um potencial hídrico. Nós poderíamos, além da
Feira do Peixe, que está novamente mencionada e enfatizada aqui, durante a
realização da feira agropecuária, também voltarmos a ter um outro momento de
uma segunda Feira do Peixe, vinculada a esse processo, para que efetivamente
Porto Alegre entre na disputa e produção de peixes. Isso é completamente
possível, de acordo com as discussões que eu fiz com os técnicos nessa semana,
ligados ao Sindicato dos Técnicos Agrícolas aqui do nosso Estado, com a Associação
dos Funcionários da Secretaria de Agricultura e com o Professor Nicolayewski,
da Faculdade de Agronomia.
Também propomos implantar
hortas em escolas da área rural de Porto Alegre. Já existe um processo em
andamento, na minha opinião, limitado, porém importante. Eu cobrei do nosso
Secretário que nós deveríamos ter mais ousadia, trabalhando isso com a
Secretaria Municipal de Educação, com um trabalho maior com as associações de
moradores. Eu cheguei a abordar esse assunto em uma discussão na nossa Bancada,
com o companheiro João Verle, que as áreas do Município que não têm construções
fossem utilizadas para hortas educativas no sentido em que está aqui colocado,
porque muitas vezes não temos espaço físico nas escolas, mas próximo às escolas
há próprios municipais, às vezes, absolutamente, sem nada plantado, e
poderíamos ali, enquanto não for utilizado para outra finalidade, termos as
chamadas hortas educativas, hortas comunitárias. Creio que isso, Ver. Losada,
seria de fundamental importância.
O Sr. Antônio Losada: V.Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Efetivamente, no Bairro Restinga, todos
os colégios e creches são abastecidos de verdura, tempero, etc. de hortas
comunitárias. Isso foi uma promoção que se desenvolveu junto com o setor de produção da SMIC por ocasião do nosso
trabalho no Centro Administrativo Regional. Aproveitando o espaço, queria
lembrar ao Vereador que há, nessa região de produtores, vários pedidos de
produtores no sentido de aumentar o número de pontos de ofertas de produtos.
Nessas promoções também deveria ser garantido que a inscrição para a
participação desses produtores ocorra três, quatro dias antes e não quinze,
vinte dias antes, pois dificulta a estocagem dos produtos. Com relação aos
preços, deveria ser garantida a liberdade do preço. Alguns produtores têm
possibilidade de vender determinado produto com preço baixo e isso é impedido
pela SMIC. Gostaríamos que o Vereador, que se está especializando nesse
assunto, se preocupasse com esse aspecto.
O SR. ADELI SELL: Concordo integralmente, Ver. Losada. No Plurianual há uma proposta de
que a produção agrícola de Porto Alegre seja cada vez mais comercializada,
inclusive no nosso Mercado Público Municipal, além das feiras-modelo. Às vezes,
temos produtos nas feiras-modelo que vêm de muito longe, o que encarece o
produto. Concordo com V.Exa. de que deveríamos discutir melhor essa questão.
Como falei antes da proposta da implantação do Plano de Extensão Rural, há um
item para o qual vou propor uma emenda, porque diz: "Desenvolver estudo de
viabilidade sobre o serviço de apoio à assistência técnica e equipamentos à
produção dos pequenos produtores rurais de Porto Alegre". Estudos já
existem. Tenho um estudo feito, junto com a Universidade e a Secretaria, sobre
a viabilidade desse serviço. Nós temos que propor que seja viabilizado através
de uma parceria maior com a EMATER e com a Faculdade de Agronomia da nossa
querida UFRGS.
Acho correta a realização da
Conferência Municipal de Agricultura e Abastecimento anualmente, como está
colocado no Plurianual. Esta Conferência é de fundamental importância. Devemos
mobilizar a sociedade porto-alegrense para essas questões.
Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, coloquei aqui um aspecto importante do Plurianual, da produção
agrícola do nosso Município, muitas e muitas vezes esquecida, inclusive por
nós, que deveríamos estar permanentemente preocupados com a alimentação do
nosso povo, e temos essa dádiva em torno de nós. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está encerrada a Pauta Especial.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Solicito que seja invertida
a ordem dos trabalhos para tratarmos da Ordem do Dia em primeiro lugar e,
depois, da Pauta.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Como adendo à iniciativa do Ver. João Carlos
Nedel, solicito que se inicie com os Requerimentos.
O SR. PRESIDENTE: Há necessidade, antes, de se votar um Decreto Legislativo de licença
de viagem, tão logo ingressemos na Ordem do Dia, segundo pedido da Liderança do
PT.
Em votação o Requerimento do
Ver. João Carlos Nedel para inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. JOÃO MOTTA (Requerimento): Sr. Presidente, só para formalizar pela Liderança
da Bancada, já previamente acordado com o Ver. Nedel, que votaríamos em
primeiro lugar, na Ordem do Dia, o Projeto de Decreto Legislativo nº 007/97.
O SR. PRESIDENTE: Logo após, entramos com os
Requerimentos.
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Agora, foi rapidamente acertado entre as Lideranças
que primeiro teríamos, obviamente, a votação a que V.Exa. se refere, do
Decreto, depois o Projeto de fls. 11 - PLCL nº 005/97, de autoria do Ver.
Nedel, e aí sim os Requerimentos e os Projetos normais. Gostaria de adendar
neste sentido.
O SR.
PRESIDENTE:
A proposta consensual seria de, em primeiro lugar, apreciar o Projeto de
Decreto Legislativo, da Comissão de Constituição e Justiça, e, em segundo, o
Projeto de Lei do Ver. Nedel, de fls. 11 - PLCL nº 005/97, após os
Requerimentos e, depois, a continuidade normal da Sessão.
Em votação o Requerimento do
Ver. Pedro Ruas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1561/97 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº
007/97, de
autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Vice-Prefeito
Municipal a afastar-se do País, de 24 de maio a 1º de junho de 1997.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. Elói
Guimarães: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral o PDL nº
007/97. (Pausa.) Não havendo inscritos para discutir, em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver. João
Dib.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0858/97 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 005/97, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
altera a redação do parágrafo 1º e acrescenta parágrafo 2º ao artigo 31 da Lei
Complementar nº 12, de 07 de janeiro de 1975, alterada pelas Leis
Complementares nº 254, de 22 de outubro de 1991, nº 368, de 08 de janeiro de
1996, e nº 386, de 08 de outubro de 1996. (destinação de espaço aos
não-fumantes em restaurantes, bares e casas de chá) Com Emendas nºs 01 e 02.
Urgência.
Parecer Conjunto
- da CCJ,
CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Lauro Hagemann: pela
aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- adiada a discussão por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL 005/97. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Após a chamada.) APROVADO
por 26 votos SIM e uma ABSTENÇÃO.
Em votação as Emendas 01 e
02, em bloco, apostas ao PLCL nº 005/97. Os Srs. Vereadores que as aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS por
unanimidade.
O SR. PAULO BRUM(Requerimento): Sr. Presidente, adendando os Requerimentos que
foram aprovados nesta manhã, gostaria que o PLL nº 153/96, de minha autoria,
como é maioria simples, fosse apreciado pelos nobres Vereadores antes de
entrarmos na votação dos Requerimentos. Se assim concordarem, peço vênia.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Paulo Brum. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2481/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
153/96, de
autoria do Ver. Paulo Brum, que institui, no Município de Porto Alegre, os
JOMEEX - Jogos Metropolitanos de Estudantes Excepcionais e dá outras
providências. Com Emenda nº 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto e da Emenda
nº 01;
- da CECE. Relator Ver.
Décio Schauren: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da COSMAM. Relator Ver.
Cláudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, tínhamos como uma lacuna em Porto
Alegre a não existência de jogos, competições ou confraternizações com esse
teor.
Parece-me que o Projeto do
Ver. Paulo Brum preenche essa lacuna e, por isso, merece por parte deste
Vereador elogios, apoio e o voto favorável. Os Vereadores João Dib e João
Carlos Nedel também confirmam essas minhas palavras, o que muito me honra.
Gostaria de salientar também que há bastante tempo, desde 95 - e já frisei
desta tribuna -, deixei de discriminar os projetos autorizativos. Durante os
anos de 93 e 94, tinha por norma pessoal não votar projeto autorizativo,
independente do mérito. E quando vi que a Casa tinha outra orientação, passei a
adotá-la também e passei a examinar o mérito dos projetos autorizativos. Com
relação ao mérito do Projeto do Ver. Paulo Brum, é inquestionável que ele vem
cumprir um papel importante: dotar a Cidade de uma atividade que há muito tempo
faz falta. E para todos nós é motivo de orgulho podermos, neste momento - e
acredito que passa a ser, Ver. Paulo Brum, um momento histórico na vida da
Capital do Rio Grande -, participar de uma decisão desse teor, podermos
proporcionar atividades, jogos, competições para essas pessoas e colocar Porto
Alegre também no cenário nacional com esse tipo de posição. Parabéns, Ver.
Paulo Brum! Conte com o nosso integral apoio. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Inicialmente, vamos dar nossa opinião
pessoal, que já demonstramos na CEFOR pelo nosso voto, e houve uma discussão
que é favorável a este Projeto. Depois discutimos também, mais
pormenorizadamente, com o Ver. Paulo Brum algumas questões, já que havia
dúvidas sobre o próprio encaminhamento desse Projeto. Então, o meu voto é
favorável na sua integralidade. A
Bancada do PT vai votar favoravelmente ao seu Projeto, Vereador, e algumas
dúvidas que alguns companheiros demonstraram não significam uma oposição e sim
dúvidas sobre o seu encaminhamento. Como o Governo vai ter que fazer os
procedimentos, esperamos que eles sejam os mais positivos e na linha do seu
Projeto. No entanto, a Bancada do PT reserva-se o direito de não se comprometer
com todos os encaminhamentos na medida em que houve dúvidas e faltaram alguns
procedimentos, o que não nos dá total garantia para assumirmos esse
compromisso. Queremos, mesmo assim, dizer que são altamente positivos o seu
Projeto e a sua preocupação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Garcia está com a palavra.
O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Quando esse tema
entrou em período de Pauta, nós já havíamos manifestado e dado um total e
restrito apoio. Eu vejo a importância da iniciativa do Ver. Paulo Brum de
oficializar o JOMEEX, porque os Jogos Metropolitanos dos Estudantes
Excepcionais já existem há mais de 25 anos em nosso Município, mas vejo que ele
terá uma sustentação, será oficializado. Então, a iniciativa é altamente
meritória. Terá toda a conotação junto com as APAES e o Município de Porto
Alegre. Então, Ver. Paulo Brum, nós, que acompanhamos já há bastante tempo
esses jogos, até estamos propondo, nesta Casa, agora, o nome de uma rua ao
Prof. Aldo Carlitos, que faleceu no ano passado e que, como V.Exa. bem sabe,
estava intimamente ligado a esses jogos. Portanto, o PSB é totalmente solidário
a essa iniciativa e esperamos que os demais colegas Vereadores também o sejam.
Parabéns por essa iniciativa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 153/96, do Ver. Paulo Brum.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 1 ao
PLL n°153/96. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Nós, antes de passar aos
Requerimentos, queríamos dar satisfação a este Plenário de duas solicitações.
Por orientação da Procuradoria e da própria Diretoria-Geral, esta Mesa vai ler
um parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre uma solicitação do Ver.
João Dib, com relação à publicação extemporânea de responsabilidade do Poder
Executivo. A leitura do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça
esclarecerá todos os detalhes.
(O Sr. 1º Secretário procede
à leitura do Parecer nº l00/97, da CCJ, que solicita à Presidência que informe
qual a atitude desta Casa em face da publicação extemporânea de
responsabilidade do Poder Executivo. Relator, Ver. João Motta. Parecer
aprovado, com os votos contrários dos Vereadores Reginaldo Pujol e João Dib.)
O SR. PRESIDENTE: A Comissão de Justiça devolveu com essa informação, Vereador. Não é
recurso. Era para saber a interpretação da Comissão de Justiça, que se reuniu e
deu a informação, Ver. João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, peço recurso ao Plenário, porque estou lembrado de que,
quando houve a compra do prédio na Rua dos Andradas, a Comissão de Justiça
disse que era legal, regimental, orgânico e, depois, o Plenário disse que não
era legal. Então, eu estou pedindo recurso ao Plenário para que ele decida.
O SR. PRESIDENTE: V.Exa., usando das atribuições que lhe confere o Regimento, pode fazer
o recurso. Uma vez feito o recurso à Comissão de Constituição e Justiça, ele
volta a Plenário para ser analisado - aí, sim, como recurso.
O SR. JOÃO DIB: Eu tenho que fazer recurso à Comissão de Justiça?
O SR. PRESIDENTE: Recurso ao Parecer dado pela Comissão. O Plenário encaminha o seu
recurso.
Nós temos outras questões para esclarecer, mas vamos votar
primeiro os Requerimentos.
Requerimento nº 121/97, de
autoria do Ver. Gerson Almeida, solicitando Moção de Apoio ao CPERS - Sindicato
por sua luta pelo cumprimento das Leis 10395/95 e 10416/96, que estabelecem a
política salarial, sancionadas pelo Governador Antônio Britto.
Em votação. O Ver. Antonio
Hohlfeldt está com a palavra para encaminhar.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é evidente que
ninguém pode ser contrário a uma Moção de Apoio aos professores que estão
pedindo o cumprimento de legislação votada. Eu só quero propor a V.Exa. que a
Moção não seja ao CPERS, porque não é o CPERS que temos que apoiar, e sim os
professores como um todo. Se V.Exa. me permite, eu queria uma modificação nessa
redação: apoiar os professores através do CPERS, porque é, evidentemente, a
entidade de representação formal e legítima. Agora, fazer a Moção apenas ao
CPERS, parece-me, é restringir a própria intenção do encaminhamento da Moção
que está sendo feita. Se V.Exa. aceitar essa modificação, certamente votaremos
a favor, inclusive porque ouvi a Presidente do CPERS ontem à noite, na TV
Pampa, e hoje pela manhã, na Rádio Guaíba, como ouvi o Dep. Paulo Odone, Líder
do PMDB na Assembléia Legislativa, e ninguém tem como contestar genericamente
as reivindicações dos professores, nem o Governo está contestando, tanto que o
Governo propõe uma comissão para trabalhar. Fazer uma moção apenas ao CPERS
seria reduzir a própria idéia da Moção. Então, para atingir o objetivo da
Moção, que esta seja dirigida aos professores através do CPERS, que é a
representação legítima dos professores. Assim, V.Exa. terá os votos favoráveis
da Bancada do PSDB. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Garcia está com a palavra.
O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, somos favoráveis à
colocação do Ver. Antonio Hohlfeldt. Realmente, é lastimável que o professorado
gaúcho entre em greve. Temos a certeza de que essa não era a vontade dos
professores. Ela só ocorre no momento em que o Governo do Estado não reconhece
uma proposição sua, por iniciativa do próprio Governo do Estado, que se
comprometeu através de legislação e não a está cumprindo. Os professores estão
solicitando os 34.48, ou seja, aquilo que lhes é devido. Novamente lastimamos,
mas chegou-se a essa situação somente por culpa do próprio Governo do Estado.
Esse é o nosso entendimento. Já ocupamos esta tribuna por inúmeras vezes
denunciando a falta de professores nas escolas. A situação se agrava, existe a
questão salarial, que é aviltante, e há falta de professores. Já havia uma
greve, não por iniciativa dos professores, mas por iniciativa do próprio
Estado, que não preenchia os cargos necessitados nas escolas. Chamo a atenção
sobre isso, porque não é somente a questão salarial que o magistério está
colocando em pauta, mas também uma questão de ter na sua plenitude, em sala de
aula, todo o corpo docente e discutir, novamente, com o Governo do Estado uma
política pedagógica e um plano de Governo para a educação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu, todos os dias em que posso, digo
desta tribuna que lei deve ser clara e concisa, precisa e respeitável. E a Lei
de autoria do Governo do Estado, atribuindo melhorias salariais para todos os
servidores do Estado, não foi cumprida. Portanto, nada mais lógico, nada mais
justo que esta Casa peça o estrito cumprimento da lei, porque legislador, antes
de mais nada, é fiscal do cumprimento da lei. Por isso, o nosso acordo e votos
de que e Lei seja cumprida. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Vera. Sônia Santos está com a palavra para encaminhar.
A SRA. SÔNIA SANTOS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, os nobres
parlamentares que me antecederam não deixaram muito para eu dizer. A Bancada do
PTB apóia a Moção aos professores através do CPERS. Concordamos com a
proposição do nobre colega Antonio Hohlfeldt e solicitamos que, se assim
entender o Ver. Gerson Almeida, este terá o apoio da Bancada do PTB. Muito
obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para encaminhar.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o magistério estadual ontem deu uma prova de
maturidade. Eu andava de carro pela Cidade, na hora da transmissão da
assembléia, e fiquei preocupado com as primeiras manifestações de alguns
professores que encaminhavam a greve para um tempo indeterminado. Não pude
esperar o resultado, mas me surpreendi, depois, sabendo que a greve havia sido
aprovada por prazo determinado como forma de manter as negociações. Isso foi
uma prova de maturidade e alcançou o objetivo, que era o de envolver a
sociedade como um todo nesse processo. Hoje, não há um segmento social que
esteja a favor da proposta do Governador. Isso o obrigará a revolver a proposta
e a sentar com o magistério para dirimir essa questão. A sociedade toda está ao
lado do magistério estadual - isso é um sintoma excelente -, e esta Casa não
faz mais do que refletir o sentimento da sociedade porto-alegrense em relação a
esse episódio. Pela aprovação do Requerimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. José Valdir está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, na verdade, até seria muito
insuficiente fazermos uma moção pedindo apenas o cumprimento da Lei, porque
essa Lei que estabeleceu esse fantástico piso salarial de 111 reais é de dezembro de 1995, e já por uma
imposição do Governo Antônio Britto. De lá para cá, os professores não tiveram
um reajuste salarial. Dois anos sem reajuste! O que propõe agora o Governo é
vergonhoso, porque repete as mesmas fórmulas de sempre: ele propõe 250 reais,
que nem piso é. Ele propõe 250 reais - complementando para chegar aos 250, um
abono que subverte o Plano de Carreira. Porque, se ainda fossem 250 reais para
incidir no nível 1 e, a partir daí, estabelecer todos os demais níveis, ainda
estaria bem abaixo da histórica reivindicação dos professores, que é de dois e
meio salários mínimos de piso. Mas nem isso o Governador Antônio Britto propõe!
O Governador Antônio Britto está propondo uma migalha para os professores e
propondo subverter, achatar o Plano de Carreira, que é uma conquista histórica
e que os últimos governos, sistematicamente, têm tentado acabar. E ontem, na
assembléia, os professores deram uma demonstração de indignação. E não é uma
greve por tempo determinado. Na verdade, é uma greve por tempo indeterminado
com uma única diferença: com uma assembléia, na próxima sexta-feira, para
avaliar se continua ou não o movimento. E eu tenho certeza de que, se o Governo
não fizer uma proposta decente para negociar com os professores, e negociar
honestamente, não da forma como tem feito, de chamar os professores pela
imprensa quando vê que os professores se mobilizam, eu não tenho dúvida de que
os professores vão se manter em greve. As escolas, hoje, a educação pública
estadual está em calamidade pública. Nós estamos sabendo. Eu tenho dois filhos
em escolas diferentes - um estuda na vila e o outro no Parobé e, até hoje, não
têm aula por falta de professores. A sala de aula dos professores se transforma
em mercado, porque os professores têm que fazer todo um outro tipo de atividade
para poderem sobreviver. Existem professores que não têm mais condições de
locomoção para dar aula. Então, a questão salarial dos professores já não é uma
questão corporativa. A questão salarial passou a ser uma questão séria em
relação à qualidade do ensino, porque não podemos falar, hoje, em qualidade de
ensino com as escolas caindo como estão, sem professor ou com o professor
ganhando uma miséria dessa. Nós já estamos vendo a conseqüência: os cursos que formam professores estão
começando a ficar vazios, coisa que nunca tinha ocorrido. Ninguém quer mais ser
professor! Ninguém mais quer ser professor para ganhar uma miséria dessa, fazer
curso superior, passar fome e não ter condições, sequer, de dar uma vida digna
para os seus próprios filhos, quanto mais se aperfeiçoar. Um professor deveria
ter condições para fazer todo um aperfeiçoamento pessoal, estudar, comprar
livros e assim por diante. Isso está literalmente proibido aos professores. A
proposta do Governador Britto vai perpetuar essa situação. Aliás, uma proposta
provocativa esta de achar que os professores não são seres pensantes, porque
propor 250 reais como abono poderá subverter todo o Plano de Carreira, que é
uma conquista histórica do magistério. Por isso, creio que esta Casa, por
unanimidade, tem que aprovar esta Moção de Solidariedade à luta dos
professores. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver. Gerson Almeida para encaminhar.
O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, considero que
todas as Lideranças que falaram em nome de seus partidos já colocaram as
questões, e quero registrar que esta Moção teve a adesão de todas as Lideranças
- do PDT, do PPB, do PSB, no encaminhamento da Vera. Sônia Santos do PTB, e na
palavra do Ver. Antonio Hohlfeldt, do PSDB. Isso é importante, porque partimos do juízo da boa-fé, da seriedade e
do empenho que todas as Lideranças desta Casa vão fazer para que o problema da
educação não sirva como uma disputa de um partido ou de outro. Essa é a maior
assembléia da categoria depois de vários anos de tentativa de diálogo, de
discussão e depois de uma negociação feita no início do Governo, que
estabeleceu uma proposta de recuperação salarial há longo tempo e que, por
"n" razões, não está sendo cumprida. Que consigamos criar vontade
para que esta dramática situação seja resolvida, porque sem educação o futuro
fica cada vez mais difícil. Sem dúvida nenhuma, incorporo a colocação feita
pela Vera. Sônia Santos e pelo Ver. Antonio Hohlfeldt para que a Moção seja aos
trabalhadores em educação, porque são, além dos professores, trabalhadores da
administração da escola etc. Gostaria de remeter a Moção ao Governador do
Estado, aos Secretários diretamente envolvidos e às Lideranças dos partidos na
Assembléia. Esta é uma fala não do Ver. Gerson Almeida, mas da Bancada do PT e
também, neste caso, felizmente, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que
engrandece essa ação que uniu os partidos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento nº 121/97, Moção do Ver. Gerson Almeida,
assinada por mais de 20 Vereadores. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
(Obs.: Foi aprovado
Requerimento nº 120/97, conforme consta da Ata.)
Requerimento do Ver. Elói Guimarães, solicitando regime
de urgência para o PLE n° 09/97. Em votação.
O Ver. Antonio Hohlfeldt
está com a palavra para encaminhar.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o motivo deste
encaminhamento é até para pedir ao Ver. Elói Guimarães para que não fizéssemos
a votação hoje, que deixássemos para segunda-feira para termos mais claro o
tipo de encaminhamento que a SMT está dando ao pedido que está sendo
formalizado hoje à tarde, se bem entendi na notícia de rádio que ouvi pela
manhã, por parte do Sindicato de Taxistas, em relação a um aumento da tarifa de
táxi na Cidade de Porto Alegre. E explico: o Projeto em pauta, para o qual o
Ver. Elói Guimarães pede a urgência, ao fazer modificações sobre critérios de
bagagem, o número de bagagens gratuitas e pagas, ao alterar, eventualmente, a
vigência da bandeira 2, no táxi, e outras pequenas modificações, evidentemente
significa, de maneira indireta, um aumento de tarifa para o usuário do serviço
de táxi de Porto Alegre.
Nós já havíamos nos colocado
contrário a isso no ano passado. Posteriormente, o Sindicato deixou claro que
não pretendia pedir um aumento de tarifa e aí nós entendíamos que seria viável
aprovar esse como uma espécie de compensação.
No noticiário da televisão,
ontem à noite e hoje de manhã - foi confirmado isso através de rádio -, fui
surpreendido com o fato de que o Sndicato está formalizando um pedido de
aumento, Ver. Elói Guimarães. Então, aí, vamos ter dois aumentos simultâneos.
Vamos ter, eventualmente, o pedido de aumento do Sindicato e vamos ter, com a eventual aprovação deste
Projeto, um aumento indireto, o que significará dois aumentos. Isso se reflete
no bolso do usuário de táxi desta Cidade e com percentuais significativos.
Então, gostaria de fazer um
apelo ao Ver. Elói Guimarães para que não votássemos o Requerimento hoje e
aguardássemos até segunda-feira para sabermos o tipo de encaminhamento que será
dado pela SMT. Eu tenho preocupação com o reflexo da soma global das duas
coisas. Vai dar um tarifaço de maneira indireta. Nós mudamos os critérios,
pois, na verdade, se estende a bandeira 2 no horário semanal e eles terão
direito de cobrar por menor número de pacotes.
Ao mesmo tempo, tem a questão da tarifa modificada a partir da
bandeirada.
Peço ao Ver. Elói Guimarães
no sentido de adiarmos isso para segunda-feira, pois, caso contrário, com toda
a sinceridade, vou encaminhar pela Bancada contra o Requerimento de urgência
para que se tenha tempo de avaliar o outro encaminhamento dado pela SMT. Fico
no aguardo da manifestação do Ver. Elói Guimarães. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Ver. Antonio Hohlfeldt, infelizmente a retirada ou adiamento da votação
do Requerimento é impossível, porque já está em processo de votação.
Requerimento não tem condições regimentais de ser retirado.
O Ver. Elói Guimarães está
com a palavra para encaminhar.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. É muito prudente e
adequado o requerimento do Vereador Antônio
Hohlfeldt pela forma como ele coloca. Não há nenhuma intransigência
quanto a esse aspecto. Evidentemente temos que encontrar uma forma de submeter
novamente segunda-feira. Não sei como isso poderia ser visto: votar contra e
novamente trazer. Vamos encontrar, Ver. Antonio Hohlfeldt, um mecanismo para
atender ao pedido de V. Exa.
Evidentemente, esse Projeto
está aqui há algum tempo, e há toda uma premência com referência à aprovação
dessa matéria porque é do interesse de uma categoria. É uma questão de tarifa,
uma questão de defasagem de custos. Queiramos ou não, o taxista está
subsidiando o passageiro. Essas questões nós, que passamos pela Secretaria
Municipal dos Transportes, conhecemos muito bem o que significam. Muitas vezes
uma tarifa ficar desatualizada por algum tempo cria problemas seríssimos,
problemas econômicos muitas vezes incontornáveis. Então, vamos decidir essa
matéria segunda-feira. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador).
O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores: entregamos aos Srs. Líderes uma proposta que foi
discutida, um plano de trabalho, um plano de ação na Câmara, com a participação
da coordenação da Mesa. Pedimos aos Srs. Líderes que, junto com suas Bancadas,
examinem e até quinta-feira, na próxima
reunião de Mesa, façam sugestões, encaminhamentos e modificações que acharem
importantes. Para nós será muito importante. É um plano feito com muita
participação e há o interesse de todos em acertar.
Em votação o Requerimento
solicitando regime de urgência para o PLE 09/97. (Após a chamada.) 06 votos SIM, 02 ABSTENÇÕES. São oito presenças, nove com o Presidente.
Não há quórum. Estão
encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às
12h.)
* * * * *